Chegamos ao segundo mês de 2016. Como o feriado carnavalesco ocorre no início de fevereiro, as atividades e o ano letivo, na maioria das instituições de ensino do país, só começarão na sequência.
Prezado (a) leitor (a), como este Blog já informou na publicação anterior, a nova ortografia proposta pelo Acordo Ortográfico tornou-se obrigatória desde o início do ano. Por ser o tema palpitante do momento, vamos retomá-lo nesta e nas publicações seguintes.
A ortografia de toda e qualquer língua é correspondente à maneira correta de escrever as palavras pertencentes ao repertório linguístico de seus usuários. O critério para a definição do que é "correto" ou "errado", nesse caso, é claríssimo. A ortografia é uma norma, com valor de lei, não admitindo em absoluto variações ou opções individuais. Seu objetivo consiste em fixar uma maneira unificada de registrar por escrito os vocábulos da língua, que na sua realização oral são muito diversificadas. Por isso, é importante observar que a ortografia não é uma transcrição dos sons da fala, mas o resultado de um acordo social que estabeleceu uma forma de grafia autorizada para certo grupo linguístico. Portanto, trata-se de uma convenção.
No caso de nossa língua, essa unificação aconteceu apenas na primeira metade do século passado, primeiro em Portugal e depois no Brasil. A norma ortográfica já passou por mudanças perpetradas por estudiosos do idioma, que identificaram a necessidade de determinados ajustes. Tal iniciativa costuma desagradar uma parcela dos usuários, que necessitam se acostumar à nova maneira de escrever certas palavras. Independente da sua legitimidade, faz-se necessário adaptar-se às mudanças.
A ortografia da língua traz várias informações históricas sobre o povo que a utiliza. Além disso, aprender a grafar os vocábulos de acordo com essa norma não é uma atividade puramente reprodutiva, exigindo apenas memorização. Mesmo sem se dar conta, o falante da língua põe em prática diversos conhecimentos linguísticos ao escrever uma palavra segundo a ortografia de sua língua.
Terminando a presente publicação, a todos os profissionais de ensino e estudantes, um ótimo retorno às atividades!