quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Blog Prof. Stefan - Língua Portuguesa - Comentários: Ano VIII - número 87 - fevereiro/2018: A utilizaçã...

Blog Prof. Stefan - Língua Portuguesa - Comentários: Ano VIII - número 87 - fevereiro/2018: A utilizaçã...:          O segundo mês de 2018, o mais breve, chega, trazendo, dentro de poucos dias, o feriado de Carnaval, o término do período de recess...

Ano VIII - número 87 - fevereiro/2018: A utilização da língua padrão e sua ênfase (XII)

         O segundo mês de 2018, o mais breve, chega, trazendo, dentro de poucos dias, o feriado de Carnaval, o término do período de recesso e o início das atividades e do ano letivo na maioria das instituições de ensino brasileiras.
    Na presente publicação, continuamos com novos esclarecimentos relacionados às frequentes dúvidas dos assuntos da língua padrão.
18. Ir "de a pé" ao estádio. Está correta essa frase?
De maneira alguma. É incorreto, nesse caso, utilizar seguidamente duas preposições. Não se deve fazer analogia com quem vai "de carro" ao estádio. O correto é: Ir a pé ao estádio. 
19. Dentre é uma preposição?
Trata-se de uma contração da preposição de com a preposição entre. Diversas vezes, entre e dentre são usados, um pelo outro, indistintamente e sem problema nenhum. Exemplo: Uberlândia é a cidade que mais se desenvolveu entre (ou dentre) as cidades de Minas Gerais. 
20. E e nem são conjunções coordenativas. Portanto, usá-las juntas está incorreto?
Se nem for de fato conjunção coordenativa, está incorreto. Não existe necessidade alguma de usar duas conjunções coordenativas aditivas ligando orações. Observe: O rapaz não fala nem ouve. (Incorreto: O rapaz não fala e nem ouve.) Nesse caso, a primeira oração sempre traz um advérbio de negação (não). Na frase seguinte, entretanto, nem é advérbio de negação, e não conjunção, e a primeira oração não traz advérbio de negação: Ela chegou e nem me avisou. (Incorreto: Ela chegou nem me avisou.)
21. Como é chamada a frase que não possui verbo?
Chama-se nominal. Exemplos: Socorro!, Fogo!, Abaixo os corruptos! / Essas frases vêm acompanhadas de uma melodia, de uma entonação própria, indicadas na escrita pelo ponto de exclamação.
22. O verbo da oração "Fui ao supermercado." é transitivo indireto?
Não, o verbo ir é intransitivo. Existem determinados verbos intransitivos que exigem um adjunto adverbial de lugar, sem o qual não quase não são utilizados. Entre eles, podemos citar, além do verbo ir, os verbos chegar, voltar, sair, levar, subir etc. Os verbos transitivos indiretos são localizados da seguinte maneira: quem precisa, precisa de alguma coisa; quem gosta, gosta de alguma coisa. Já os verbos intransitivos usados com um adjunto adverbial de lugar são localizados da mesma maneira, no entanto: quem vai, vai a algum lugar.
23. Para localizar o sujeito, que pergunta se deve fazer antes do verbo?
Antes de localizar o sujeito, ninguém sabe se é coisa ou pessoa. Por isso, convém fazer as seguintes perguntas: o quê? (para coisa) e quem? (para pessoa).
24. Qual a diferença entre a oração coordenada sindética explicativa e a oração subordinada adverbial causal?
A oração subordinada adverbial causal sempre contém a noção de causa de algo revelado na oração principal, que traz a noção de efeito. Essas noções não estão presentes no período composto por coordenação. Exemplos: Lurdinha chorou porque levou uma surra. Trata-se de uma oração subordinada adverbial causal, pois a surra foi indubitavelmente a causa do choro de Lurdinha, que é o efeito. / Lurdinha chorou porque seus olhos estão vermelhos. Trata-se de uma oração coordenada sindética explicativa, pois a oração contém a explicação daquilo que foi revelado na oração coordenada assindética. Não há relação de causa e efeito: o fato de os olhos de Lurdinha estarem vermelhos não é causa de ela ter chorado.
         Encerrando mais esta publicação, a todos os profissionais de ensino e alunos, ótimo retorno às suas atividades!


domingo, 7 de janeiro de 2018

Ano VIII - número 86 - janeiro/2018: A utilização da língua padrão e sua ênfase (XI)

         Caro (a) leitor (a), desponta um novo tempo, um novo ano, 2018. Estamos já nos aproximando do final da segunda década deste século. E janeiro, costumeiramente, é o mês das férias e o período de folga nas instituições de ensino do Brasil.
         Durante este ano, neste Blog de comentários, o tema da língua padrão será destaque novamente com os devidos esclarecimentos às dúvidas apresentadas dos mais diversos assuntos.
14. Em que situações devo usar os pronomes demonstrativos este e esse?
A sua utilização é simples. Basta prestar atenção. Este (e suas variações: estes, esta, estas) e isto devem ser usados sobretudo: a) referindo-se a seres que se localizam perto do falante, isto é, da primeira pessoa: Este livro que tenho nas mãos é muito bom! / Isto que carregamos pesa bastante. b) referindo-se ao lugar em que o falante está: Este bairro é muito inseguro. c) referindo-se ao que está em nós ou ao que nos abrange fisicamente: Este coração já bate há mais de quarenta anos. / Esta alma não traz pecado. d) referindo-se a um momento presente ou que não passou ainda: Este ano está passando muito rápido. / Neste século, ainda não ocorreram guerras mundiais. e) referindo-se ao que se vai dizer: Acabo de receber estas mercadorias: ventiladores, rádios, batedeiras. / Só lhe posso afirmar isto: tenha confiança. Esse (e suas variações: esses, essa, essas) e isso devem ser usados sobretudo: a) referindo-se a seres que se localizam longe do falante e perto do ouvinte: Esse livro que tens nas mãos é muito bom! / Isso que você carrega pesa bastante. b) referindo-se ao lugar onde o ouvinte está: Esse bairro onde moras é inseguro. c) referindo-se ao que está na segunda pessoa ou ao que a abrange fisicamente: Esse coração já está cansado, portanto cuide bem dele! / Alemanha: esse é o país onde iremos residir. d) referindo-se ao que já foi mencionado: Natação e voleibol: são essas as modalidades esportivas praticadas aqui. / Fugir aos problemas? Isso não é de meu feitio. 
15. O pronome indefinido algum pode ter sentido negativo?
Sim. Sempre que ele estiver após o substantivo, confere-lhe sentido negativo. Nesse caso, passa a ter valor de nenhum. Exemplos: Não tenho dinheiro algum. / Não vi coisa alguma
16. As perguntas: Que que é isso?! ou Que que ele fez?!, ou seja, usando dois quês juntos, estão corretas?
Sim, estão. O segundo que é utilizado como palavra de realce, para dar força à comunicação. Na verdade, aí existe a locução de realce é que, reduzida apenas para que: Que é que é isso?! / Que é que ele fez?!
17. Em que situação devo usar o pronome relativo que?
Referindo-se a coisas ou a pessoas: A casa que comprei é nova. / A pessoa que veio aqui é conhecida.
         O Blog de comentários linguísticos, em seu oitavo ano, será novamente eficiente veículo de ricos conhecimentos e comentários abalizados. A todos (as) os (as) internautas leitores (as), ótimo ano de 2018!