sábado, 29 de novembro de 2014

Ano V - número 49 - dezembro/2014 - * edição especial * : Quarto aniversário e um ano de reinauguração

         Prezado leitor, cara leitora, em sua constante e fiel companhia, o BLOG PROF. STEFAN - LÍNGUA PORTUGUESA - COMENTÁRIOS celebra, neste mês, com imenso regozijo, o primeiro ano de sua reinauguração. Ao mesmo tempo, recorda com grata satisfação os seus primórdios, quando era designado BLOG PROF. STEFAN - LÍNGUA PORTUGUESA, e comemora o seu quarto aniversário.
         Neste clima festivo, visando ao sempre crescente conhecimento do (a) internauta leitor (a) deste blog no que se refere ao nosso idioma materno, apresento um texto que trata da história da língua portuguesa no Brasil. Convido-o (a) a ler com muita atenção.
         O Brasil foi descoberto por Portugal no ano de 1500 e, desde então, com a grande presença dos portugueses nos territórios brasileiros, a língua portuguesa foi se enraizando, enquanto as línguas indígenas foram aos poucos desaparecendo. Uma delas, talvez a que mais influenciou o atual português falado no Brasil, era o tupinambá ou tupi-guarani, falado pelos índios que habitavam o litoral. Esta língua foi a primeira utilizada como língua geral na colônia, ao lado do português, pois os padres jesuítas vieram para catequizar os índios, estudaram e acabaram difundindo a língua.
         No ano de 1757, uma Provisão Real proibiu a utilização do tupi, época esta em que o português já suplantava essa língua, ficando ele, o português, com o título de idioma oficial. Em 1759, os jesuítas foram expulsos e, a partir de então, a língua portuguesa se tornou definitivamente a língua oficial do Brasil.
         A língua portuguesa falada no Brasil herdou, no entanto, um vasto vocabulário das línguas indígenas, principalmente no que diz respeito às denominações da fauna, flora e demais palavras relacionadas à natureza.
         Os portugueses trouxeram, então, muitos escravos capturados na África para trabalhar nas terras brasileiras, e estes vieram falando diversos dialetos, os quais contribuíram para a construção da nossa língua. Muito do que temos hoje foi herdado das línguas africanas, bem como itens culturais que vieram junto com os escravos e aqui se instalaram.
         Deste modo, a língua portuguesa falada no Brasil foi se distanciando da língua portuguesa falada em Portugal, pois enquanto aqui a língua recebia as influências dos índios (nativos) e dos imigrantes africanos, em Portugal, a língua recebia influência do francês, principalmente devido à cultura, educação etc., que na época eram prestigiadas na França.
         Quando a família real veio para o Brasil, entre 1808 e 1821, as duas línguas novamente se aproximaram, pois devido à grande quantidade de portugueses nas grandes cidades, a língua foi sofrendo novamente a influência dos mesmos e se parecendo com a língua-mãe.
         O português brasileiro sofreu ainda influências dos espanhóis, holandeses e demais países europeus que invadiram o Brasil após a independência (1822). Isso explica o porquê de algumas diferenças de vocabulário e/ou sotaque existentes entre algumas regiões do Brasil.
         Com a influência do Romantismo (movimento artístico-literário que aconteceu no início do século XIX), a literatura produzida no Brasil se intensificou, e a língua portuguesa falada no Brasil foi se encorpando e ganhando uma nova forma, diferenciando-se ainda mais da língua portuguesa falada em Portugal. Foi despertado no país o individualismo e o nacionalismo através da literatura, além da realidade política que impulsionava o país a se distanciar e diferenciar ainda mais de Portugal.
         A normatização da língua foi como que consagrada pelo movimento modernista de 1922, que trouxe como crítica a valorização excessiva que ainda se dava à cultura européia e motivou o povo a valorizar sua própria língua como "brasileira".
         Recentemente tivemos uma reforma ortográfica, implantada no ano de 2009, a partir de um acordo feito entre os países que têm como idioma oficial a língua portuguesa. Algumas regras de escrita que diferenciavam a norma foram modificadas, deixando-a unificada. A oralidade, porém, continua mantendo consideráveis distinções. (Extraído e adaptado de www.infoescola.com)
         Concluo, augurando a todos os internautas leitores deste blog um excelente final de ano e abençoado Natal!  

sábado, 1 de novembro de 2014

Ano IV - número 48 - novembro/2014: Forma, grafia e significado de palavras e expressões (III)

         Estimado (a) leitor (a), após uma breve pausa, prosseguimos, neste mês, abordando sobre as palavras e expressões de nosso idioma.
8- Como deve ser aplicado o uso de "acerca de" e "há cerca de"?
Veja bem a distinção: acerca de significa "sobre", "a respeito de": Haverá uma palestra acerca das conseqüências das queimadas. Há cerca de indica um período aproximado de tempo já transcorrido: Os primeiros colonizadores apareceram há cerca de quinhentos anos.
9- E quanto a "afim" e "a fim"? Junto ou separado?
É preciso saber diferenciar: Afim é adjetivo e significa "igual", "semelhante". Relaciona-se com a idéia de afinidade: Tiveram opiniões afins durante o trabalho. / São espíritos afins. A fim aparece na locução a fim de, que significa "para" e indica uma idéia de finalidade: Trouxe alguns chocolates a fim de nos agradar.
10- Há dúvida também em "demais" e "de mais". Junto ou separado?
É muito comum utilizar somente a primeira forma. Demais pode ser advérbio de intensidade com o sentido de "muito", intensificando verbos, adjetivos ou outros advérbios: Aborreceram-nos demais: isso nos deixou indignados demais. / Estou até bem demais! Demais também pode ser pronome indefinido, equivalendo a "outros", "restantes": Não coma todo o bolo! Deixe um pouco para os demais. de mais se opõe a de menos. Refere-se sempre a um substantivo ou pronome: Não vejo nada de mais em sua atitude! / O concurso foi suspenso porque surgiram candidatos de mais.
         O mês de dezembro traz à lembrança os primórdios deste blog. Portanto, a próxima publicação será especial, em comemoração alusiva ao seu quarto aniversário. Internautas leitores (as), até a próxima publicação!