domingo, 29 de novembro de 2015

Ano VI - número 61 - dezembro/2015 - * edição especial *: Quinto aniversário e dois anos de reinauguração

         Caro leitor, prezada leitora, desejo vivamente celebrar com vocês, neste mês, o quinto aniversário deste Blog e o segundo ano de sua reinauguração.
         Para tanto, o BLOG PROF. STEFAN - LÍNGUA PORTUGUESA - COMENTÁRIOS reveste-se de indizível júbilo e presenteia os seus assíduos leitores com um artigo esclarecedor que trata da origem e história da língua portuguesa. Leia-o com muita atenção e aprimore ainda mais os seus conhecimentos e a sua cultura.
         O português surgiu da mesma língua que originou a maioria dos idiomas europeus e asiáticos. Com as inúmeras migrações entre os continentes, a língua inicial existente acabou subdividida em cinco ramos: o helênico, de onde veio o idioma grego; o românico, que originou o português, o italiano, o francês e uma série de outras línguas denominadas latinas; o germânico, de onde surgiram o inglês e o alemão e finalmente o céltico, que deu origem aos idiomas irlandês e gaélico. O ramo eslavo, que é o quinto, deu origem a outras diversas línguas atualmente faladas na Europa Oriental.
         O latim era a língua oficial do antigo Império Romano e possuía duas formas: o latim clássico, que era empregado pelas pessoas cultas e pela classe dominante (poetas, filósofos, senadores etc.), e o latim vulgar, que era a língua utilizada pelas pessoas do povo. O português originou-se do latim vulgar, que foi introduzido na Península Ibérica pelos conquistadores romanos. Damos o nome de neolatinas às línguas modernas que provêm do latim vulgar. No caso da Península Ibérica, podemos citar o catalão, o castelhano e o galego-português, do qual resultou a língua portuguesa.
         O domínio cultural e político dos romanos na Península Ibérica impôs sua língua, que, entretanto, mesclou-se com os substratos lingüísticos lá existentes, dando origem a vários dialetos, genericamente chamados romanços (do latim romanice, que significa "falar à maneira dos romanos"). Esses dialetos foram, com o tempo, modificando-se, até constituírem novas línguas. Quando os germânicos e, posteriormente, os árabes, invadiram a Península, a língua sofreu algumas modificações, porém o idioma falado pelos invasores nunca conseguiu se estabelecer totalmente.
         Somente no século XI, quando os cristãos expulsaram os árabes da Península, o galego-português passou a ser falado e escrito na Lusitânia, onde também surgiram dialetos originados pelo contato do árabe com o latim. O galego-português, derivado do romanço, era um falar geograficamente limitado a toda a faixa ocidental da Península, correspondendo aos atuais territórios da Galiza e de Portugal. Em meados do século XIV, evidenciaram-se os falares do sul, notadamente da região de Lisboa. Assim, as diferenças entre o galego e o português começaram a se acentuar. A consolidação de autonomia política, seguida da dilatação do império luso, consagrou o português como língua oficial da nação. Enquanto isso, o galego se estabeleceu como uma língua variante do espanhol, que ainda é falada na Galícia, situada na região norte da Espanha. 
         As grandes navegações, a partir do século XV, ampliaram os domínios de Portugal e levaram a língua portuguesa às novas terras da África (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe), ilhas próximas da costa africana (Açores, Madeira), Ásia (Macau, Goa, Damão, Diu), Oceania (Timor) e América (Brasil).
         Destacam-se alguns períodos na evolução da língua portuguesa:
1) Fase Proto-Histórica: Compreende o período anterior ao século XII, com textos escritos em latim bárbaro (modalidade usada apenas em documentos. Por esta razão, também denominada de latim tabeliônico).
2) Fase do Português Arcaico: Do século XII ao século XVI, compreendendo dois períodos distintos: a) do século XII ao XIV, com textos em galego-português; b) do século XIV ao XVI, com a separação entre o galego e o português.
3) Fase do Português Moderno: Inicia-se a partir do século XVI, quando a língua se uniformiza, adquirindo as características do português atual. A literatura renascentista portuguesa, notadamente produzida por Camões, desempenhou papel fundamental nesse processo de uniformização. Em 1536, o padre Fernão de Oliveira publicou a primeira gramática de língua portuguesa, a "Grammatica da Linguagem Portuguesa". Seu estilo baseava-se no conceito clássico de gramática, entendida como "arte de falar e escrever corretamente". (Extraído  e adaptado de www.soportugues.com.br)
         Finalizando, a todos os internautas leitores deste Blog aniversariante, os melhores votos de um Feliz e Santo Natal!     

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