domingo, 11 de outubro de 2015

Ano V - número 59 - outubro/2015: A situação atual da educação brasileira (I)

         Prezado (a) leitor (a), novamente estamos no mês de outubro, que, a cada ano, traz o tradicional Dia do Professor. Mais que enaltecermos a sua figura e jogarmos confete sobre ele, como se tudo estivesse muito bem e às mil maravilhas, temos que parar e fazer a nossa devida reflexão a respeito da atual conjuntura educacional brasileira. Da mesma forma que em outubro do ano passado, a presente publicação trata do mesmo tema: a sombria e preocupante situação da educação brasileira.
         Em primeiro lugar, é uma utopia pensar, como muitos pensam, que a educação no Brasil, do jeito em que se encontra atualmente, possa resolver, sozinha, os problemas sociais do país. Urge primeiramente adequar a formação dos docentes porque o desenvolvimento deles implica no desenvolvimento dos alunos e da escola.
         Convém destacar que a educação no Brasil está atrasada há muito tempo. Para justificar tal afirmação, basta lembrar que apenas em meados do século passado começou o processo de expansão da escolarização básica e que o seu crescimento em termos de rede pública de ensino aconteceu no final dos anos 1970 e início dos anos 1980.
         Considerando o exposto acima, observemos as estatísticas nacionais:
         O Brasil se encontra no 53º. lugar em educação entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola, conforme dados do IBGE. Em 2009, o IBOPE registrou em 28% o analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos. 34% dos alunos que chegam ao 5º. ano de escolarização ainda não conseguem ler. 20% dos jovens que terminam o Ensino Fundamental, e que residem nas cidades grandes, não dominam a utilização da leitura e da escrita. Professores recebem menos que o piso salarial.
         Diante desses dados alarmantes, é para se perguntar criticamente: "Se a sociedade muda, por que a escola não evolui com ela?" Talvez o bom senso sugerisse pensar dessa maneira.
         Por isso, agora não mais pelo bom senso, mas sim pelo costume, a "culpa" tenderia a cair sobre o profissional docente. Dessa forma, os mestres se tornam alvos ou permanecem no fogo cruzado das esperanças sociais e políticas em crise na atualidade. As críticas de quem está fora do sistema educacional cobram cada vez mais o trabalho dos professores.
         Oportunamente, retornaremos ao assunto palpitante em questão. Por enquanto, vamos homenagear os valorosos profissionais do ensino do Brasil, que são verdadeiros heróis, em meio até a ataques violentos e insanos de alguns governos estaduais ocorridos neste corrente ano.
SALVE 15 DE OUTUBRO!  >>> DIA DO PROFESSOR!
         
         

Nenhum comentário:

Postar um comentário